sexta-feira, 16 de julho de 2010
Para aprender outro idioma IV
por Jan Dönges
[continuação]
Nos anos 70, o “método natural” do professor de espanhol Tracy Terrell e do linguista Stephen Krashen, da Universidade do Sul da Califórnia, fez sucesso. Eles se concentraram completamente na comunicação e tomaram como modelo de reflexão a seguinte questão: línguas estrangeiras devem ser aprendidas como foi aprendida um dia a língua materna por meio da fala – e, principalmente, pela audição. Krashen e Terrell partiram do princípio de que um mecanismo cerebral específico lhes permitia aprender a própria língua materna. A fim de ativá-lo novamente, o planejamento do curso deve se orientar exatamente pela ordem em que as crianças também adquirem novos conceitos linguísticos. Ou seja: segundo os estudiosos, os alunos expandem suas capacidades principalmente quando ouvem construções de frases que sempre estão um pouco acima de sua capacidade momentânea (como uma criança pequena que aprende a falar).
Seria esse então o modelo de um curso de língua mais próximo do ideal, capaz de proporcionar aprendizado fácil e ao mesmo tempo efetivo? Por mais plausível que pareça à primeira vista, o “método natural” de Krashen e Terre mostrou-se ingênuo demais: muitos professores de línguas que o seguiam logo deixavam totalmente de lado o cansativo ensino de regras gramaticais. “Muitas escolas e até universidades optaram por descartar a gramática, mas mesmo depois de anos vários estudantes ainda estavam no nível do ‘eu vai’”, comenta Susanne Even.
Da revista Mente & Cérebro n° 210, de julho/2010
ou veja em: www.mentecerebro.com.br
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