quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

VIOLÊNCIA SEM CONTROLE





Publicado em 29-Nov-2010, por Antônio Paiva Rodrigues



Sabemos não ser tão fácil viver fora das correntes do mal num mundo como a terra; entretanto, a luta é forma de superação e progresso. Você deve lutar contra seus próprios impulsos negativos. A vingança ou revide que muitas vezes se disfarça na forma de “resposta” “esclarecimento” ou “satisfação” é atitude inferior. Como pode o homem sendo um ser imperfeito superar de forma condizente todas essas ações deletérias? Um viés para amainar esses problemas ainda é a educação, mas o governo infelizmente não investe maciçamente na educação da população. Não resistir ao mal quer dizer também não dar ouvidos àquilo que procede das sombras, podendo envenenar a alma. A política nas suas nuanças deveria ser o ponto de apoio, o azimute magnético para solucionar todas essas mazelas, mas infelizmente uma grande parcela de políticos só pensa no proveito próprio e na locupletação. O mal não merece sua atenção.

Não desperdice tempo e energia. Valorize suas atitudes. Eleve-se a uma dimensão superior de entendimento e permaneça imperturbável. Os tristes acontecimentos ocorridos no Rio de Janeiro nos leva a uma meditação profunda. Nos oito anos de governo do presidente Lula quais as ações fortes e de impactos em prol da Segurança Pública e da população escaldada com a violência seu governo tomou? Na realidade o quadro da segurança no Brasil é caótico e precário demais. Uma segurança insegura, sem meios, sem belicosidade, sem investimento no homem, sem serviço social, salários de miséria, escala desumana de serviço, bicos de policiais, incentivo zero, enfim nada absolutamente nada.

A violência já domina as escolas sejam elas públicas e privadas, outro aspecto quem com certeza, contribui para o aumento da indisciplina e da violência nas escolas relaciona-se à situação política e econômica vivida no País nas últimas décadas. Segundo afirmações de Nelson Pedro Silva, é do conhecimento, ao menos da população esclarecida, que recentemente voltamos a viver sob o manto do regime democrático. Antes dessa época vivíamos sob forte regime ditatorial. “Não concordamos com as afirmações do escritor em alusão, pois o brasileiro assumiu a personalidade de “parafuso”, e para esse tipo de personalidade só o arrocho resolve”. Veja o fracasso político de Sarney aos dias atuais, incrível a situação do Brasil com as corrupções, mensalões, dinheiro em meias e cuecas, Comissão Parlamentares de Inquérito (CPI) pro forme, tráfico de influência, humano, armas, drogas, remédios, contrabando das mais variadas formas.

Ninguém é punido e continua a onda maléfica se espalhando e contaminando toda a população brasileira. O PSDB, PMDB, PT e outros partidos de grande porte o que tem feito para garantir o direito de ir e vir dos brasileiros. Assassinatos de políticos, de policiais, de pais de família, de cidadãos fazem a rotina das ruas das capitais brasileiras. Obras faraônicas paralisadas, ruas sem calçamento e sem saneamento básico, obras atrasadas fazem a psicosfera das capitais brasilianas. No interland nem é bom falar, pois as prefeituras só existem no papel. Falta tudo: colégios, hospitais, ambulâncias, infraestrutura e a miséria acima uma conotação destacável. Crianças morrem a míngua, nordestinos sofrem as agruras da seca, e o pior é que tem muito açude em terrenos privados. A famosa irrigação como redenção do nordeste morreu no nascedouro.

Volta o escritor a afirmar que a redemocratização do País (pelo menos no plano formal) e a consequente reconquista dos direitos civis e políticos, as pessoas voltaram (ou pelo menos passaram a ter condições teóricas para isto) a comandar suas vidas, isto é, a serem senhoras de sua própria existência. Nós não somos senhores de nada. Vivemos enjaulados, sobressaltados, entregues a meliantes, marginais, assaltantes, descuidistas, e passamos de cidadãos a vagabundos, pois quando somos abordados por esses meliantes seles dizem: “passa o dinheiro vagabundo”. A anomia precisa ser execrada da vida dos brasileiros.

Cidadania, patriotismo não existem mais, as datas festivas nacionais não são mais lembradas e o hinos que simbolizam o amor à pátria sumiram do rol das festividades estudantis. O respeito com o hino não existe, pois apenas um pequeno trecho é tocado e quando existe a necessidade do canto, apenas um pequeno abrimento de boca serve de engano para aqueles que estão presentes as solenidades. A violência passa a ser vista como algo comum e até certo ponto como um fenômeno normal e quiçá natural. Jamais poderemos concordar como essa afirmação, nenhum cidadão se acostuma com violência exacerbada.

A confusão entre o mundo real me o virtual faz com que cada vez mais, a existência de sujeitos crentes de que podem atirar em alguém e depois de algum tempo esse alguém voltará a viver, como se tudo não passasse de um jogo de faz de conta. Esse faz de conta até existe em função da impunidade, protecionismos, dos apadrinhamentos políticos e da condição social do infrator. A produção de comportamento aparentemente corajoso, fazendo com que o sujeito, diante de situações reais de perigo, as subestime – como, por exemplo, num assalto (digo aparentemente corajoso em razão de que tais condutas não são decorrentes da virtude coragem, mas do vício da temeridade). Nesse caso o homem pode agir instintivamente, pois o instinto é inerente a ele, mesmo sabendo que corre risco de morte, mas o instinto não o abandona.

Instinto e coragem são duas sinonímias completamente diferentes. Continua Nelson Pedro Silva em sua narrativa: “Ao uso da violência como único meio – independentemente da situação para a resolução de conflitos interpessoais”. É como se o homem deixasse de utilizar (ou não utilizasse na quantidade necessária) exatamente o instrumento que o diferencia dos outros animais, a capacidade de dialogar e passasse a fazer uso unicamente da violência física. O homem é possuidor de muitos atributos como o livre-arbítrio, a inteligência e o instinto, mas porque ele deixa de fazer o bem para se inserir no mal? Sendo um produto do meio ele é o fazedor do próprio meio. Um diálogo pacífico pode se transformar numa confusão homérica, visto que o homem perde o atributo da inteligência e vai agir pelo instinto. A violência só vai minorar com políticas sérias, coesas e que surtam efeitos rápidos e desejados. Basta usar corretamente a lei, pois ela existe, mas seu emprego fica a desejar. Se todas as políticas usadas em defesa do cidadão não surtirem efeito a única solução é a “Tolerância Zero”.

A ociosidade no Brasil ultrapassa qualquer previsão, nos acontecimentos considerados drásticos acontecidos no “teatro de operações da rua” vocês tomarão ciência do número enorme de pessoas na ociosidade, sem nenhuma atividade para fazer. E com a ajuda das famigeradas bolsas vem à preguiça mental e por consequência a preguiça corporal e o ser humano que deveria estar produzindo continua sem nada fazer. A falta de respeito dos políticos para com os cidadãos é muito grande, os serviços sociais funcionam precariamente, principalmente no setor da saúde. O comércio informal toma conta das praças, ruas e calçadas no Brasil inteiro é uma verdadeira feira persa. O produto padrão do comercio informal são os produtos de pirataria, os CDs e DVDs piratas e os produtos da China. O Brasil precisa ser redescoberto novamente, pois na situação que se encontra nem milagre irá reverter a situação de penúria que enfrentamos no dia a dia. Pense nisso!



ANTONIO PAIVA RODRIGUES- MEMBRO DA ACI- DA ALOMERCE- DA UBT DA AVSPE E DA AOUVIRCE

Fonte: www.gestopole.com.br


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