terça-feira, 22 de março de 2011

A PSICOLOGIA DO SUCESSO 01/12



O desempenho em tarefas intelectuais, profissionais e esportivas é
moldado pela consciência que temos de estereótipos relacionados aos
grupos qos quais pertencemos: pesquisas recentes indicam, porém, que
é possível se libertar das expectativas e preconceitos tanto dos
outros quanto dos nossos.

por S.Alexander Haslam, Jessica Salvatore, Thomas Kessler e Stephen D.Reicher


Todo mundo já viveu algo assim: você se esforçou muito, mas fracassou. Não passou na prova, teve desempenho fraco na entrevista ou não alcançou seu objetivo no trabalho. Por quê? Foi simplesmente porque
você não era capaz? Ou algo mais sutil - e preocupante - está em jogo? Pesquisas mostram que o mau desempenho não pode ser sempre atribuídoà ausência de habilidade ou incompetência. Embora seja possível chegar rápido à conclusão aparentemente óbvia de que as diferenças em relaçãoa realizações e capacidades são reflexos das distinções entre as pessoas, a orifem de muitas desvantagens pode estar, na verdade, nos
estereótipos ou preconceitos sobre os grupos aos quais pertencemos (os chamados endogrupos). Uma mulher ciente da suposição de que o desempenhofeminino ao volante em geral é pior que o dos homens, por exemplo, de fato tende a apresentar um resultado inferior ao dirigir.

Independentemente de quanto as afirmações e crenças sejam ou não verdadeiras, o mesmo ocorre com qualquer integrante de um grupo que sabe ser considerado inferior aos outros em determinada área - seja de
capacidade intelectual, a esportes ou em relação a qualquer outra habilidade. Assim como a performance das mulheres em operações aritméticas e realcionadas à noção espacial é afetada peloestereótipo de inferioridade feminina nessas áreas, a atuação de umaequipe sem vitórias há muito tempo tende a se manter alicerçada em
expectativas baixas.



S.Alexander Hslam é professor de psicologia social da Universidade de
Exeter, na Inglaterra. Jessica Salvatore é pós-doutorada da Exeter,
Ph.D. pela Universidade Princeton. Thomas Kessler é professor de
psicologia social da Exeter. Stephen D.Reicher é professor de psicologia
social da Universidade de St.Andrews, na Escócia.

Fonte: Revista Mente & Cérebro n° 218, março/2011

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