terça-feira, 8 de março de 2011

Sejamos Vaga-lumes!


Publicado em 25-Feb-2011,  por Claudia Goellner Signoretti



Como as coisas poderiam ser diferentes se todos nós pensássemos em ser como vaga-lumes! Vamos a alguns exemplos: você em seu trabalho percebe que a maioria das pessoas querem se destacar e se você ou alguma outra se destaca mais, elas vem para o combate. O combate onde disputam mais poder, mais influência, um combate de egos onde as pessoas querem ser sempre melhor que as outras.
 
                Ou quando você começa a trabalhar em uma empresa e as pessoas que já estão lá há algum tempo tentam te intimidar de alguma forma, afinal elas estão lá há mais tempo e pensam que você deve se subordinar à ela. Ou quando você tem amigos na faculdade e depois que se formam quando se encontram eles sempre perguntam: “e ai tá fazendo alguma coisa? Porque eu estou fazendo isso, aquilo”.
 
Ou mesmo fora do ambiente de trabalho, na escola quando alguém se destaca mais que os outros e tira mais um 10 na prova, os colegas já o olham torto como se ele estivesse fazendo alguma coisa errada. Mas no fundo eles que queriam também tirar um 10. Ou mesmo entre irmãos, quando um ganha alguma coisa do pai e o outro se acha no dever de também ganhar mesmo que a situação seja outra, ou que ele já tenha ganhado no passado, mas não e ele pensa: “eu sou tanto filho quanto ele, mereço as mesmas coisas” e no fundinho pensam que talvez deveriam receber até mais, afinal é o filho mais velho e novamente como no caso das empresa, ele é o “chefe”.
 
Pois bem, nem em todos os lugares isso corre, nem todos seus colegas de profissão irão disputar com você, nem todos os colegas de sala irão te olhar torto e talvez nem todos os irmãos irão querer ganhar mais que você. E quando isso ocorre... que maravilha! É porque estes são como vaga-lumes!
 
Pensamos em um grupo de dez pessoas, imagine um grupo de dez pessoas fechadas em uma sala escura. Agora imaginamos que a pessoa que mais se destaca intelectualmente, financeiramente ou em qualquer outra aspecto, ela emite um brilho. Agora vamos imaginar que uma entre essas 10 pessoas emitiu um brilho e se destacou, as outras irritadas com o brilho que a outra emitiu tentam apagá-lo. Fazem fofocas, colocam barreiras no caminho dessa pessoa, falam coisas que a deixa insegura e com o tempo o brilho dela vai se apagando. Pronto de novo à escuridão!
 
Agora vamos pensar diferente, entre um grupo de 10 uma pessoa se ilumina, as outras contentes com o brilho também querem brilhar e juntas todas elas se esforçar para brilharem, elas querem se tornar todas vaga-lumes e por onde caminharem elas irão emitir seu próprio brilho sem se importarem se o outro brilha mais que ela. Se as 10 brilharem juntas imagine o clarão que elas conseguirão fazer na sala escura! Infelizmente nem todos pensam como vaga-lumes. E em algum grupo, alguma empresa, um quer brilhar sozinho, pois assim ele “comandará” os outro, pois os outros irão se curvar diante de sua claridade. Só ele quer ser o talentoso do grupo. É uma pena ele não perceber que se fossem 10 talentos em vez de um único talento todos eles poderiam ir mais longe.
 
Tem uma história de uma cobra e um vaga-lume. Uma cobra ao ver um vaga-lume passando decide ir atrás dele para alcançá-lo e comê-lo. O vaga-lume voa exaustivamente para fugir da cobra, até que não tendo mais forças ele para e pergunta a ela: “cobra, antes que você faça algum mal a mim só me responda uma coisa: se eu não faço parte da sua cadeia alimentar porque você quer acabar comigo?” e ela responde: “simplesmente porque eu não agüento vê-lo brilhar”. E você? Quem é você? A cobra que se esforça constantemente para apagar o brilho dos outros ao invés de buscar seu próprio brilho? Ou você é como vaga-lume, que brilha e deixa os outros brilhar? Ou se você não é nenhum deles, como anda seu próprio brilho?

 
*Psicóloga e Professional and Self Coach.




do site: www.gestopole.com.br

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