Várias dessas comparações entre os que gostam de se exercitar e outros mais ociosos apontam na mesma direção: os ativos têm melhores resultados em quesitos como atenção, memória e capacidade intelectual: conseguem memorizar mais informações, as processam melhor e demoram mais a se cansar.
No entanto, ainda há uma questão a ser resolvida. Pessoas bem ou mal condicionadas provavelmente se diferenciam também em outros pontos. Talvez as primeiras tenham, já por princípio, hábitos mais saudáveis e se alimentem melhor. Mesmo que isso seja verdade, não se pode desprezar o efeito do bom condicionamento. Que o exercício protege contra infartos, diabetes ou mesmo osteoporose, já se sabe há muito. E quem está em melhores condições físicas também não sofre um declínio mental tão rápido. Pesquisadores querem saber, porém, se o exercício na velhice também tem efeito direto sobre o cérebro. Um pessoa saudável que chega aos 90 anos já perdeu até 20% dos neurônios que possuía quando jovem. No entanto, novas células neurais surgem ininterruptamente - só no hipocampo estima-se que apareçam vários milhares por dia. Ou seja: o cérebro em envelhecimento também passa por constante transformação.
O especialista em biomedicina Stanley Colcombe e colegas da Universidade de Illinois, em Urbana-Champaign, comprovaram isso em um estudo em 2006. Os pesquisadores dividiram, por sorteio, 59 idosos saudáveis entre 60 e 79 anos em três grupos: o primeiro passou por um treinamento cardiovascular; o segundo realizou exercícios de alongamento e o terceiro, um programa de relaxamento. Todos os participantes treinaram três vezes por semana durante seis meses e, antes de depois desse período, tiveram o cérebro examinado no laboratório. Ficou demonstrado que o volume do lobo frontal, assim como o do temporal, cresceu após os exercícios de resistência. Como isso ocorreu exatamente é difícil de estudar em seres humanos. Para esclarecer a questão, os pesquisadores recorrem ao modelo animal.
Da revista Mente & Cérebro n° 211, agosto/2010
No entanto, ainda há uma questão a ser resolvida. Pessoas bem ou mal condicionadas provavelmente se diferenciam também em outros pontos. Talvez as primeiras tenham, já por princípio, hábitos mais saudáveis e se alimentem melhor. Mesmo que isso seja verdade, não se pode desprezar o efeito do bom condicionamento. Que o exercício protege contra infartos, diabetes ou mesmo osteoporose, já se sabe há muito. E quem está em melhores condições físicas também não sofre um declínio mental tão rápido. Pesquisadores querem saber, porém, se o exercício na velhice também tem efeito direto sobre o cérebro. Um pessoa saudável que chega aos 90 anos já perdeu até 20% dos neurônios que possuía quando jovem. No entanto, novas células neurais surgem ininterruptamente - só no hipocampo estima-se que apareçam vários milhares por dia. Ou seja: o cérebro em envelhecimento também passa por constante transformação.
O especialista em biomedicina Stanley Colcombe e colegas da Universidade de Illinois, em Urbana-Champaign, comprovaram isso em um estudo em 2006. Os pesquisadores dividiram, por sorteio, 59 idosos saudáveis entre 60 e 79 anos em três grupos: o primeiro passou por um treinamento cardiovascular; o segundo realizou exercícios de alongamento e o terceiro, um programa de relaxamento. Todos os participantes treinaram três vezes por semana durante seis meses e, antes de depois desse período, tiveram o cérebro examinado no laboratório. Ficou demonstrado que o volume do lobo frontal, assim como o do temporal, cresceu após os exercícios de resistência. Como isso ocorreu exatamente é difícil de estudar em seres humanos. Para esclarecer a questão, os pesquisadores recorrem ao modelo animal.
Da revista Mente & Cérebro n° 211, agosto/2010
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