sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Mentes em Movimento (5)



[ continuação ]

Petty ressalta, porém, que não se trata apenas de criar condições favoráveis ao desenvolvimento neuronal por meio da atividade física. Na verdade, o exercício e as experiências associadas a ele influenciam posturas e hábitos que afetam o caminho a ser seguido na vida. Por isso, a diversão deveria estar em primeiro lugar: uma atividade escolhida por vontade própria e divertida que gere experiências de sucesso. Isso estimula crianças efetivamente. A natureza já cuida para que isso ocorra, na medida em que provê os pequenos com uma intensa tendência natural ao exercício. Tudo depende "apenas" de que não as refreemos. O deslocamento das prioridades pessoais - estudo, trabalho, relacionamentos e família - quase sempre deixa a atividade física em segundo plano na idade adulta. Em outras palavras: as pessoas têm menos tempo e muitas vezes se acomodam, preferem ir aos lugares de carro em vez de bicicleta, e usam o tempo livra para namorar, resolver questões de trabalho ou ficar com os filhos em vez de se exercitar. Frequentar academias, por exemplo, exige abertura de espaço na agenda - e boa dose de determinação. Muitas vezes, porém, simplesmente não há tempo para entrar em forma.
Se perguntarmos a adultos por que deveriam (pelo menos teoricamente) se exercitar, recebemos respostas que levam em conta "meios para atingir o fim desejado": ajuda a emagrecer, manter a saúde, ter uma "válvula de escape" após um duro dia de trabalho. De fato, estudos comprovam que a prática regular de atividade física ajuda a combater o estresse e a aliviar a sobrecarga emocional.

Da revista Mente & Cérebro n° 211, agosto/2010

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