quinta-feira, 5 de agosto de 2010

O enigma ALZHEIMER (3)


Fibrilas de Alzheimer


Pesquisadores do grupo de Paul Thompson, da Universidade da Califórnia em Los Angeles, em colaboração com uma equipe da universidade australiana de Queensland, testemunharam ao vivo esse processo devastador com o uso de técnicas de imageamento cerebral. Por meio de ressonância magnética é possível detectar um foco da enfermidade, que se alastra de maneira incessante pelo encéfalo, como se fosse um incêndio florestal de grandes proporções. A destruição aniquila sucessivamente os centros relativos à recordação, à linguagem e às emoções. São conservadas apenas as regiões encarregadas dos órgãos sensoriais, como visão e tato, e aquelas que controlam os movimentos. A cada ano os enfermos perdem quase 5% da massa encefálica, cifra que se eleva para 10% nas regiões da memória. Adultos sadios perdem apenas 1% a cada ano.
As formações esféricas de proteína beta-amiloide, e as fibras descritas por Alois Alzheimer têm importância fundamental, reconhecem os pesquisadores atuais. Trata-se de dois depósitos muito diferentes no tecido cerebral. As chamadas "placas" são compostas por um pequeno fragemnto proteico denominado A-beta. As fibrilas, ao contrário, são principalmente uma variante modificada da proteina tau e se estendem sobretudo no interior dos neurônios. E não é só isso: elas são abundantes precisamente nas regiões que se degeneram de modo mais claro.

Fonte:
Edição Especial n° 1, maio/2010, da série "Doenças do Cérebro", da Revista Mente @ Cérebro

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