segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Músculos em forma, cabeça saudável (3)


[ continuação ]

Diferentemente dos programas que abrangem habilidades específicas, como as estratégias de memorização, os treinamentos ajudam as pessoas a controlar a forma como parecem funcionar em capacidades mais amplas, úteis em muitas situações que requerem pensamento. Por exemplo, a psicóloga Chandramallika Basak e seus colegas da Universidade de Illinois recentemente revelaram que um jogo de estratégia em tempo real em vídeo que exija planejamento e controle executivo não favorece somente a performance no game, mas também melhora o desempenho em outros aspectos mensuráveis do controle executivo.
No entanto, não é imprescindível um teinamento especializado para alcançar melhoras ou diminuir o declínio cognitivo. Atividades diárias, como a leitura, podem ajudar. Nós revisamos evidências de ganhos cognitivos relacionados a diversas práticas em mais de uma dúzia de estudos. Em 2003, o neuropsicólogo Robert S.Wilson e seus colegas do Centro Médico da Universidade de Rush, em Chicago, recrutaram mais de 4 mil idosos de uma comunidade geograficamente definida e classificaram a frequência de sua participação em sete atividades cognitivas, como ler revistas. Por seis anos, em intervalos de três, os voluntários passavam por uma entrevista em casa, que incluía testes cognitivos breves. Os que praticavam essas atividades com mais frequência no início do estudo apresentaram menor declínio intelectual ao longo do tempo.

Da revista Mente & Cérebro n° 211, agosto/2010

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