sábado, 21 de agosto de 2010

Músculos em forma, cabeça saudável (7)

[ continuação ]

Apoiando esses resultados, um vasto conjunto de estudos em animais demonstrou numerosas alterações na estrutura e função do cérebro depois que os animais foram expostos a ambientes complexos, com vários estímulos. A exposição a esses ambientes enriquecidos traz diversos benefícios neuropsicológicos. Em primeiro lugar, aumenta a formação de novos braços dendríticos e sinapses - áreas das células neurais que recebem e enviam sinais de comunicação, aumentam o número de células gliares, que sustentam a saúde dos neurônios, e expandem a rede capital de fornecimento de oxigêncio, favorecento o desenvolvimento de novos neurônios e crianado mudanças nas cascatas moleculares e neuroquímicas, como o auto das neutrofinas (moléculas que protegem o cérebro e ampliam redes neurais).

Resolver quebra-cabeças e fazer abdominais também fortalece a saúde cerebral. Outra providência para ficar esperto mais tempo é participar de grupos sociais. A convivência pode atrasar em vários anos o aparecimento da demência. O alvo tradicional dessa pesquisa tem sido a medição objetiva do isolamento social em contraste com o vínculo social. São observadas a frequência com que uma pessoa participa de grupos (como de trabalho voluntário), o número de amigos e parentes que contata regularmente (em outras palavras, o tamanho de sua rede social) e seu estado civil. Descobertas sobre os aspectos positivos de atitudes e crenças são mais pontuais. Posturas e atitudes positivas podem ter importantes efeitos indiretos no enriquecimento da cognição em razão de sua influência no tipo de comportamento associado aos estímulos intelectuais (por meio de conversas, aprendizado, etc.)

Da revista Mente & Cérebro n° 211, agosto/2010

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